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John Wick (1 e 2) - Crítica

  • Foto do escritor: Arthur Renan
    Arthur Renan
  • 27 de mai. de 2019
  • 4 min de leitura

Atualizado: 3 de jun. de 2019

Em tempos de John "Wick 3 - Parabellum" nos cinema, vamos analisar os dois primeiros filmes dessa franquia recém-criada, porém muito amada pelos fãs.

Como os dois filmes contém a mesma equipe de produção, os comentarei juntos, pois os elementos presentes no primeiro permanecem no segundo. Vamos rapidamente passar a sinopse de ambos os filmes e seguir para nossa resenha!


 

John Wick

(ou "De Volta ao Jogo" na tradução tupiniquim)

Sinopse: Após o falecimento de sua esposa, John Wick (Keanu Reeves) recebe como presente da falecida um cachorrinho para ajuda-lo com o luto. No entanto, sua casa é invadia e, além de roubarem o seu carro, o cachorro é morto na sua frente. Agora, John quer vingar a morte do cachorro e ter seu carro de volta.



John Wick: Chapter 2

("John Wick - Um Novo Dia Para Matar" na belíssima tradução Brasileira)


Sinopse: Quatro dias após os acontecimentos do primeiro filme, John Wick (Keanu Reeves) é cobrado por um favor devido a Santino D'Antonio, o charmoso mafioso italiano, sendo obrigado a voltar de sua aposentadoria de vez.


 

John Wick é aquele clássico filme de um homem contra o mundo. Lembrando desses clássicos, em quesito realidade, ele se assemelha bastante com "Duro de Matar", no qual o personagem principal termina totalmente detonado e todo machucado.


Agora, em contra ponto, as coisas realizadas no filme são totalmente impossíveis de serem realizadas. Tiros acertam Wick, porém nos locais "certos" (nunca é fatal). Caso haja um machucado grave, mesmo assim ele consegue realizar feitos impressionantes. Fora sua incrível tolerância à dor, ele também é bastante furtivo e tático quando o roteiro quer.


Mas você está nem aí para esses pontos e o motivo é bem simples. O roteiro é muito astuto em te lembrar toda hora o quanto John Wick é impressionante. Constantemente os personagens soltam adjetivos sobre ele, considerando-o como um homem altamente "destemido", "cheio de vontade", "perseverante", "extremamente focado", etc.


Não obstante, as cenas de ação são excitantes demais para você falar "não gostei, muito mentiroso". Basta Jhon aparecer com seu terno e cabelo molhado escovado para trás, que você já sabe exatamente o destino de quem entrar no seu caminho. Um verdadeiro "bicho-papão"


Crédito desse balé artístico vai para o coreógrafo de lutas, John Eusebio, e ao próprio ator Keanu Reeves. O ator se empenhou bastante para interpretar Jhon Wick. Teve aulas de judô, jiu-jitsu, direção ofensiva e defensiva profissional e, prioritariamente, aulas de tiro. Aliás, ele pode ser quase considerado um profissional de tiro ao alvo de tão bom que ficou.

Keanu treinava de quatro a cinco horas por dia, incluindo aos finais de semana (isso só no quesito artes marciais). Nas sessões de tiro, ele não só tinha de aprender a manusear armas, como saber acertar o alto de verdade. Você pode assistir a esse tremendo treinamento no vídeo (em inglês) abaixo:


Essa junção de tiro + luta marcial, revolucionou as cenas de ação em filmes. Você até pode ver um filme muito bom de tiro e com boas cenas de ação, mas esses dois elementos, bem executados, ao mesmo tempo é raro. Assistir o cara fazendo uma chave de braço no ar, enquanto finaliza o capanga com um tiro na cabeça é uma arte.


A história está longe de ser boa. Na verdade, a motivação do personagem chega a ser infantil e contraditória, mas compreensível. Jhon é movido pela vingança no primeiro filme e pelo dever no segundo. No fundo, sabemos que ele só queria matar todo mundo mesmo. Agora, se tem um coisa que esse personagem é, é estiloso. Oh bicho chique.


O interessante dessa obra é a profundidade apresentada nos longas. Um início tão local, Jhon contra a máfia Russa em Nova York no primeiro filme, toma proporções gigantescas em sua continuação. Nela somos apresentados a toda uma sociedade global mafiosa e seus graus hierárquicos nunca imaginado no antecessor. Parabéns a todos os envolvidos.


Na questão técnica, os filmes da franquia contém enquadramento certo, nos ambientes certos e iluminações. Ha exemplos temos a cena da boate no primeiro filme, onde em qualquer outro longa seria toda escura e cheia de cortes, fazendo o espectador se perder durante a ação ou enxergar nada. Ponto para os produtores.


Por falar neles, Basil Iwanyk e Erica Lee conseguiram produzir uma obra cheia de elementos isolados, num só. Acredito que se depender deles e do Keanu Reeves, nunca mais irão parar com esses filmes. Sylvester Stallone tá aí pra confirmar essa afirmação. Nesse exato momento Stallone está gravando "Rambo 5: Last Blood" aos 72 anos de idade.


Com direção de Chad Stahelski e David Leitch, e roteiro de Derek Kolstad , a franquia John Wick veio pra ficar. Afinal, quanto mais ação dessa qualidade, melhor. Não sei se terá inúmeros filmes como Velozes e Furiosos, mas nesse caso seria bom ver mais mentiras com o ex-mafioso mais estiloso e mortal do cinema atual.


O terceiro filme está em cartas nos cinemas (05/2019) e você pode conferir o trailer a seguir:


 

Se quiser ver mais cenas dos bastidores de Jhon Wick, assista o vídeo (em inglês):

(Lutas - 00:15 ; armas de fogo: 7:54 ; direção: 10:38)




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