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Black Mirror - Crítica

  • Foto do escritor: Arthur Renan
    Arthur Renan
  • 15 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 9 de jul. de 2019

Nada como uma boa obra para zoar com as nossas cabeças, não é? "Black Mirror" é aquele tipo de coisa que você assiste e depois fica dizendo sem parar "meu Deeeeeeeus". Crítica social e tecnológica futurista bem batida no liquidificador e... bum!


Contudo, apesar dos bons episódios, ela de longe é consistente em sua grandiosidade. A série se apoia em episódios excelentes e camufla os outros. Os outros episódios não são todos ruins, mas os episódios bons, são tão bons, a ponto de ofuscar completamente os medianos. Há capítulos ruins, sim, mas sinceramente, são poucos.


O problema maior é a engenhosidade dos episódios mais marcantes A brincadeira tecnológica de forma criativa vai ao extremo, lhe fazendo amar e odiar uma mesma invenção. Então, quando um capítulo não faz o trabalho bem feito, rapidamente vira um dos episódios "bem ruinzinhos" da série.


Temos a exemplo o episódio "Momento Waldo". Ele é simplesmente ruim, mesmo com um ponto muito bacana a ser debatido e a tecnologia apresentada realmente lhe darem desconforto com as possibilidades futuras. Já "Queda Livre" sofre de controversas, justamente por ser um episódio fraco, tecnologicamente falando, com uma crítica social muito boa e atual.


Apesar disso, eles não conseguem brilhar tanto quanto "Manda Quem Pode", que não apresenta a tecnologia futurista super avançada ou crítica social subjetivamente bem trabalhada. Na verdade, oposto a isso, ele é simples. Dá um soco no seu estômago com uma simples frase: "na era digital, nenhum segredo é segredo". Para cada cinco episódios de Black Mirro, um você irá endeusar, outro achará bom e o resto esquecerá em poucos minutos.


Sendo franco, após a Netflix adquirir os direitos da série, ela decaiu bastante. Isso é muito estranho, porque tinha tudo para melhorar na época. Os melhores roteiristas estavam na empresa ou queriam trabalhar nela. Séries como "Narcos", "Demolidor" e "House Of Cards" estavam em ascensão chamando atenção de todos. Naturalmente Black Mirror deveria ir pelo mesmo caminho, #sqn.


O fato é: falar de cada episódio isoladamente e compara-los é injusto. Cada um tem seu propósito e maneira de expor uma crítica. Infelizmente, não conseguimos vê-los isoladamente. Apesar das histórias serem independentes, tornando desnecessário consumir os episódios na ordem, é de extrema importância saber que, segundo o criador, Charlie Brooker, há capítulos em realidades alternativas e outros na nossa, mas em épocas diferentes.


Uma dica, ao menos para as primeiras temporadas: assistir um episódio por dia. Isso dará tempo de você refletir e pensar bastante sobre os acontecimentos mostrados. A maratona lhe faz comparar os episódios uns com outros, lhe trazendo a sensação de "este é bom/ruim". Se conseguir seguir esse conselho, lhe garanto uma melhor experiência, te permitindo refletir à fundo até mesmo as histórias ruins e notar sua razão (ou não).


No fim, Black Mirror é uma excelente série, com alguns capítulos menos interessantes, outros bem reflexivos e outros excelentes. Todas as ideias são boas, só são mau desenvolvidas nos casos ocorrentes. Vá com a mente aberta e garanto "diversão" (ou uma sessão com muito diálogo no psicólogo).


Independente da história contada, tente incorporar na sua realidade ao seu redor. Verá o brilhantismo da série por trás do que é mostrado em tela.

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